I can see you!
quinta-feira, 19 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Sem suspiros.
sou muito de cheiros, perfumes, odores.
se o lance foi efêmero, devia também ser o cheiro.
efêmero é mera fé não correspondida.
a mesma fé aplicada em santos de barro.
santos de merda no caso.
amor não é isso e eu sei.
sequer um affair.
ainda sim persisto e sigo a fraqueza da minha carne.
pra ter do que se arrepender.
mas tão insignificante que nem vale o arrependimento.
apenas esse cheiro que não me agrada.
sem suspiros.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Levei uma vida vendo o mundo de uma janela.
Vendo minha vida passar quase que em branco.
Quase que transparente.
Perdendo dia-a-dia cada cor, cheiro e sabor.
O branco tomando conta dos meus cabelos tão jovens ainda, não veio à toa.
O sentido de tudo passava longe de permear minha vida
Com o esvair de minhas forças e a perda diária de minha vitalidade
Resolvi tomar aquela atitude que há anos vinha estudando.
Anos de ponderação e tortura.
A tortura de viver em um lugar que me espremia, esmagava,
Não me cabia, não me acolhia, não me dizia respeito.
Um lugar onde eu não podia existir.
Um lugar onde eu era invisível.
Agora que estou aqui não posso olhar pra trás.
Mesmo que lá atrás eu veja as lágrimas de quem tanto me ama e que agora sofre.
Egoísta, sei que estou sendo sim.
Não pensem que não me martirizo diariamente por trazer sofrimento aos que amo.
Mas é bom que saibam que do que sentem saudades era duma pequena fagulha
Se tornando cinza, que logo sumiria.
E foi pra não sumir que resolvi me aventurar.
Minha vida precisava de um sopro forte.
Precisava ter sabor de novo.
Sem gosto não há porque viver, pelo menos não pra mim.
Não nasci para as janelas e peitoris.
Não vim pra ver a vida passar.
Não nasci para telespectador.
Aqueles anos em frente à televisão não me mataram, me testaram, me fortaleceram.
E se fiquei forte foi pra poder lutar.
E se estou na guerra quero que fiquem orgulhosos e não chorosos por minha causa.
Estou vivo, saudável, contente como nunca.
Sou compreendido e bem aceito, tenho meu lugar pela primeira vez na minha vida.
E logo muito mais virá.
Alegrem-se!
Torçam e vibrem!
Não chorem!
Não tanto.
Não desse jeito.
Eu os amo com tudo o que posso.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Shells.
É tamanha a simplicidade da vida aqui, que me sufoca.
Me pergunto se teria fôlego pra suportar uma vida complicada.
Mas não é mais hora de perguntar, é hora de fazer.
O que é a vida pra você?
Conforto?
Eu já tive tempo bastante na minha concha linda, cheirosa e confortável.
Acho difícil que eu encontre lugar mais aconchegante.
Mas quando o conforto físico não se extende ao conforto da alma, tudo desanda, tudo se enfeia, aí aquele conforto deixar de fazer sentido, quase que deixa de existir e isso mortifica.
"...Sua mãe nunca vai entender porque você teve que partir, mas as respostas que você procura nunca seriam encontradas em casa, e o amor que você procura também não!..."
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
A alma tão fria quanto o vento que soprou e me deixou com gripe.
A dor da alma veio pro corpo, mais fraca, justificando minha vontade de faltar, de sumir.
Ser faltoso, já que tanta coisa me faz falta.
É dessa presença de várias faltas que se arrastam, que eu tenho vivido.